Hoje vou falar sobre uma ferramenta que gosto muito e sempre uso nos meus projetos. O moodboard, que também é conhecido como painel de estilo ou painel semântico, nada mais é do que a organização de referências para um objetivo específico. Ele é usado por designers nas mais diferentes áreas: moda, produto, interiores…

Muitas pessoas fazem um moodboard instintivamente, sem saber muito sobre a técnica. É comum, por exemplo, quando a gente tem uma festa importante começar a separar várias imagens de como pode ser o vestido, qual a cor, penteados e maquiagens que gostamos etc. E também é a ideia por trás do Pinterest, quem usa já deve ter linkado uma coisa a outra.

O que eu quero explicar hoje é como usar essa ferramenta de um modo mais eficaz para planejar um ambiente que você pretende decorar, e isso irá ajudar muito tanto se você pretende fazer isso sozinho ou com a ajuda de um profissional designer ou arquiteto. Por isso reuni algumas dicas práticas para explicar o que é, e o que não é um moodboard.

Dica #1

O painel tem que ter um espaço delimitado, uma cartolina, um mural na sua parede, um arquivo criado no computador, seja no Corel ou PowerPoint. Isso porque você precisa visualizar todas as referências que juntou ao mesmo tempo, então não vale fazer uma pasta no seu desktop e só ir jogando as imagens. Vou colocar dois exemplos para ficar mais claro:

Dica#2

O moodboard pode ser usado em dois momentos, no princípio do projeto para idealizar, e também mais para o final quando já se tem materiais e objetos definidos. Na última etapa ele auxilia a visualizar se os elementos estão coerentes e descobrir se algo precisa ser mudado antes de executar o projeto. Dá para perceber isso se vocês compararem os dois painéis acima. O primeiro eu fiz bem no inicio do projeto para presentar ao cliente e saber se captei corretamente os desejos dele para o ambiente e só assim começar a desenhar. O segundo, que foi feito para um evento, já estava em uma fase mais avançada. Eu já tinha um orçamento para seguir e selecionado objetos para locar, tipos de flores e iluminação.

Dica #3

Não repita as mesmas ideias e nem selecione ideias de mais. Um erro comum é separar 20 imagens de ambientes que você gosta, mas nunca parar para pensar porque aquela imagem está ali. É o estilo? É por causa do modelo do sofá ou da cor da parede? Para chegar num painel que de fato te auxilie, é necessário filtrar e filtrar as referências, até chegar naquelas que são peças chave para criar o clima que você quer passar.

Dica#4

Não se prenda somente a fotos de ambientes completos. Um painel ideal tem três grupos de informações: objetos, pessoas e ambientes. Nos objetos entram móveis, decorações, amostras de cores e tecidos que expressam seu estilo. Nas pessoas é a hora de analisar se os objetos escolhidos tem coerência com o estilo de vida. Quem vai usar este espaço? Quais são os hábitos dessas pessoas? E para finalizar o ambiente é o cenário onde tudo isso acontece, ele tem uma atmosfera, estilo, iluminação, cores e texturas que devem expressar um estilo que combine com você.

Dica #5

Use também frases e palavras para reforças as suas ideias. Você pode definir em uma frase o que deseja sentir quando entra no ambiente, escolher palavras que remetam ao estilo escolhido.

Para finalizar mais algumas referências de moodboards.

Via The Hevel House Project

Ufa! Gente, prometo para a próxima coluna um post mais curtinho rsrsrsrs. Já sabem que para trocar mais ideias a respeito de design e decoração estou sempre disponível na minha fanpage http://www.facebook.com/andreialubinidecor ou no email andreia.lubini@gmail.com. Deixem também suas sugestões de temas para os próximos posts.

Beijos!

Designer de interiores por formação e apaixonada por todos os estilos de decoração desde sempre, eu vivo no mundo das cores, tecidos e texturas. Amo transformar em realidade o que as pessoas sonham para seus ambientes e eventos. Nas minhas colunas quero falar sobre design e decoração sem preconceitos e sem complicação, para que todos também se apaixonem por esse mundo.