Por que a indústria do empreendedorismo de palco irá destruir você.
Eu vejo as pessoas achando que é uma indústria fácil de ganhar dinheiro e eu vejo pessoas acreditando em “gestores”,”professores” sem vivência nenhuma. Sinto que as pessoas compram produtos como cursos, dicas ou 3 dicas perfeitas (3 coisas que você precisa saber para…) achando que apenas isso é o segredo.
Você vai se espantar. Exato! Cada dia mais gente quer ensinar (On Line que é mais fácil rsrs #sqn) o que fazer, como fazer.
Vocês já repararam quantos cursos On Line existem?! Quanta gente dando palestra sem vivencia na pratica e cheio de palavras bonitas?!
É aí que eu digo: cadê sua vida real?! Cadê saber como é ter uma empresa na pratica?!
Palestras bonitas, termos em inglês, pessoal super engajado e microfones do tipo Madonna, muito Power-Point e nenhum negócio real para mostrar…
O empreendedorismo é a nova religião do homem moderno. Materialista e secular, ele substituiu os Santos do seu altar por fotografias de homens bem sucedidos; os seus Evangelhos são livros como “O sonho grande” e “A força do Hábito”. Ele acredita, de alguma maneira, que tudo aquilo irá aproximá-lo do seu objetivo principal: sucesso, fama e dinheiro…de preferência agora!
Quem visita as livrarias com certa regularidade percebeu que, nos últimos anos, a sessão dedicada ao empreendedorismo e aos negócios cresceu de uma maneira violenta. É espantoso: para onde quer que você olhe, eles estão lá. Obras que prometem os códigos da riqueza, os segredos da abundância, os cinco passos para o sucesso e como você aprenderá a pensar como o Steve Jobs.
Não tem como negar: o empreendedorismo veio para ficar e, com ele, o seu fenômeno mais recente: o empreendedor de palco.
Empreender se tornou auto-ajuda.
Se, antigamente, os livros, enormes e com suas setecentas páginas, cuspiam fórmulas, equações e cálculos que te ensinavam a lidar com o fluxo de caixa da sua empresa, hoje eles dizem: “Você irá chegar lá! Acredite, você irá vencer!”.A atividade empresarial foi reduzida à pura e pobre política do incentivo.E o motivo é simples: as pessoas compram o que elas querem ouvir.Geralmente, odiamos a verdade; principalmente quando ela diz que teremos que trabalhar duro e que as chances de vitória são mínimas.
O Brasil é um país que lê pouco. Em uma nação com 230 milhões de habitantes, um livro ser categorizado como best-seller ao vender quinze mil é uma piada. E, vamos ser sinceros? A vida aqui é dura. O governo nos atrapalha, a burocracia nos sufoca, os custos nos aleijam…tornar um negócio lucrativo e perene nesse país é uma proeza digna de um herói. E essa atividade drena cada pedacinho da nossa alma e do nosso ânimo.
É nesse momento que o empreendedor de palco cresce.